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O crime organizado busca espaços em todas as estruturas, inclusive o aparelho de estado, diz promotor

Integrante do Gaeco, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado, vai ao rádio e ratifica a importância da ‘Operação Queda da Bastilha’.

Cleber Barbosa, da Redação

O promotor de justiça Rodrigo César Viana de Assis, integrante do Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, do Ministério Público do Estado do Ampá, disse nesse sábado, 17, em entrevista ao programa Conexão, na Rádio Diário FM (90,9), que o crime organizado é ousado e projeta ocupar todos os espaços de poder, inclusive no aparelho de estado.

Ele e a promotora Andrea Guedes coordenam no Amapá o grupo de inteligência do Ministério Público brasileiro, presente em todo o país desde 2002, quando houve o assassinato de um promotor de justiça que investigava a máfia de adulteração de combustíveis, em Belo Horizonte (MG).

O representante o Ministério Público disse que a base de atuação do Gaeco desde então passou a ser o compartilhamento de informações e a atuação conjunta das instituições de segurança pública e órgãos de controle. “Se o crime é organizado o aparelho de estado precisa se organizar também, então aqui o trabalho é facilitado, pois não há vaidade, todos os órgãos se apoiam e se ajudam”, disse ele.

Para o promotor, as críticas ou alegações de pirotecnia em operações como a “Queda da Bastilha” não se justificam, até porque a mídia sequer foi acionada para a cobertura das ações, até por envolver entre os investigados integrantes do próprio Instituto de Administração Penitenciária e da Ordem dos Advogados do Brasil.

Segundo ele, todas as prerrogativas e garantias foram asseguradas aos alvos da operação, que contaram com a assistência de seus defensores. “Só não podíamos perder o fator surpresa, daí os mandados de busca e apreensão, pois se fôssemos pedir para um investigado se apresentar ou mesmo indagarmos sobre um caderno de anotações, certamente as provas iriam desaparecer”, disse ele.

A operação ainda está em fase de oitiva de testemunhas e implicados, bem como um inquérito em separado apura as circunstâncias do assassinato de um dos alvos, dentro da penitenciária, levantando fortes suspeitas de queima de arquivo. O promotor também esclareceu que dentre os alvos da operação não havia nenhum magistrado, conforme se especulou na cidade, até porque nessa condição um juiz tem foro privilegiado, cabendo somente ao Tribunal de Justiça qualquer medida judicial ou policial contra membro da magistratura.

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