MP-AP e Tjap promovem workshop sobre Práticas Restaurativas para servidores da UNACON

O momento foi de compartilhamento de temas sobre a Justiça Restaurativa, trazendo reflexões para o fortalecimento e melhoria das relações interpessoais no ambiente de trabalho.

Da Redação

Na terça-feira (1), o Ministério Público do Amapá (MP-AP), em parceria com o Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), realizaram o 1⁰ Workshop de Justiça Restaurativa de 2023, tendo como participantes os servidores da Unidade de Alta Complexidade Oncológica (Unacon).

O momento foi de compartilhamento de temas sobre a Justiça Restaurativa, trazendo reflexões para o fortalecimento e melhoria das relações interpessoais no ambiente de trabalho. Autocuidado e o atendimento ao próximo também foram destacados na roda de conversa, assim como a qualidade do serviço público em ambientes de saúde, que necessita de acolhimento, gentileza, agilidade e eficácia.

A roda de diálogo ocorreu na Escola Judicial do Amapá (Ejap) e foi conduzida pela promotora de Justiça Silvia Canela, coordenadora do Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas (NMCPR) do MP-AP, e pelas juízas de direito, Carline Regine Cabral, coordenadora do Núcleo de Justiça Restaurativa da Comarca de Santana; e Nelba Siqueira, Juíza e coordenadora do Grupo Gestor de Política Judiciária da JR/TJAP. O momento atendeu a um pedido da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa).

O evento faz parte de um projeto piloto que tem como objetivo compartilhar valores, princípios e ferramentas das Práticas Restaurativas no ambiente de trabalho, especificamente na saúde, para humanizar os relacionamentos na unidade e no atendimento aos usuários.

“As ferramentas da Justiça Restaurativa contribuem para melhorar o ambiente de trabalho, autocuidado da equipe e o bem-estar de todos. Partindo desse paradigma, do quanto essa ferramenta é poderosa para a transformação do ambiente de trabalho, fomos procurados pelo secretário de Saúde do Amapá, solicitando que fizéssemos essa experiência na Unacon, que é um local que atende pacientes oncológicos e que tem muitos problemas, conflitos e dificuldades. O objetivo é apenas compartilhar essa ferramenta, contribuindo para a construção de novo paradigma na saúde”, explicou Dra. Silvia Canela.

Os servidores receberam informações sobre a dinâmica, diretrizes e os valores das Práticas de Justiça Restaurativas. Logo após, iniciaram um momento de conversação aberta em que puderam falar, desabafar e compartilhar experiências, como explica a juíza Nelba Siqueira.

“Nossa ideia é que possamos refletir junto com eles: Como está a prestação do serviço à comunidade? Como os profissionais estão se sentindo prestando esse serviço? Qual a necessidade de cada profissional? O que eles veem como alternativas para melhorias, incluindo o relacionamento deles dentro da instituição? Como está a comunicação entre eles? Como estão entregando o produto? É um desejo que a gente tente difundir as práticas restaurativas para que sejam instituídas como um mecanismo de organização para um setor de formação de equipe, fortalecimento de vínculo e melhoria na comunicação.

Para a juíza Carline Cabral, a prestação dos serviços de saúde deve ter como foco o atendimento humanizado e, para esse fim, é preciso que os profissionais estejam bem física e mentalmente, e que sejam capazes de enfrentar qualquer conflito ou dificuldade, de forma tranquila, com inteligência emocional, ouvindo o outro e ponderando a situação.

“O Workshop visa difundir as práticas restaurativas para que possam ser aplicadas pelos servidores da Unacon. São profissionais que trabalham com um público em situação de risco, com pessoas que estão fragilizadas e que requerem um cuidado especial”, finalizou.

Participaram do evento, também, a servidora do MP, Dionária Mota de Sousa; a voluntária do NMCPR, Andryele Souza; as servidoras do TJAP Sarah Neves e Odette Daltrozo, e mais 16 servidores da UNACON, incluindo Sandra Ribeiro Gomes, gerente administrativa.

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