Escolas estaduais têm fezes sobre recipiente da merenda e lixeira a céu aberto ao lado

Atualmente, a rede estadual de ensino é a que possui maior estrutura física no Amapá. São 398 escolas que atendem no dia-dia uma clientela de 116.917 mil alunos e 7.595 mil professores.

Da Redação

As seis escolas públicas estaduais visitadas na segunda-feira (24/04), durante a Operação Educação, executada pelo Tribunal de Contas do Amapá, expôs a profunda precarização estrutural da rede estadual de ensino. Em uma das escolas visitadas, no bairro Araxá, foram encontradas fezes em cima do recipiente que acomoda a merenda escolar.

Atualmente, a rede estadual de ensino é a que possui maior estrutura física no Amapá. São 398 escolas que atendem no dia-dia uma clientela de 116.917 mil alunos e 7.595 mil professores. São todos eles que estão expostos às maiores mazelas registradas na Operação Educação.

Na Escola Estadual São Francisco das Chagas, localizada no bairro Araxá, zona sul de Macapá, os servidores encontraram fezes (aparentemente de roedores) sobre um dos utensílios que acomodam a merenda escolar. Dentro do recipiente havia sacos de leite em pó, utilizados no preparo da alimentação dos alunos e professores.

Com estrutura física deficitária, a escola está exposta a ratos e outros animais transmissores de doenças.

A mesma precária situação de higiene foi encontrada, durante a Operação Educação, na Escola Estadual Professora Ruth Bezerra, localizada no bairro São Lázaro, zona norte de Macapá.

Ao lado do prédio da escola foi encontrada uma verdadeira lixeira a céu aberto. Fotos registradas pelos agentes da operação foram mostradas na reportagem exibida no Jornal Hoje de segunda-feira (24/04).

Uma das paredes da escola foi encontrada com a pintura completamente desgastada e vandalizada. A fossa séptica da escola estava aberta.

Fossa sem cobertura e a céu aberto dentro da escola

Para a diretora de controle externo do Tribunal de Contas do Amapá, Carla Chagas, os relatórios consolidados com informações vão mostrar se os investimentos estão de acordo com as prestações de contas apresentadas ao TCE pelos gestores.

Agentes registraram precariedades na rede de ensino

O presidente do Tribunal de Contas do Amapá, conselheiro Michel Houat Harb, adiantou que outras operações serão realizadas em diferentes áreas da gestão pública. “As operações conduzidas pelos Tribunais de Contas já acontecem por todo o país, e o TCE do Amapá tem a missão de acompanhar de perto se o recurso público está, de fato, sendo bem empregado”, destacou.

Os relatórios finais sobre a situação da rede escolar amapaense deverão ser divulgados no dia 27 de abril, às 14 horas.

As escolas foram escolhidas a partir de indicativos de situações críticas relacionadas à infraestrutura que constam no Censo Escolar 2022. Os itens analisados englobam aspectos referentes à acessibilidade, estrutura e conservação, saneamento básico e energia elétrica, sistema de combate a incêndios, alimentação, esporte, recreação e espaços pedagógicos.

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