Dr Alberto Negrão explica como identificar câncer de colo-retal

O próprio rei Pelé, que estava também com câncer de próstata, veio a óbito por complicações do câncer de colo-retal.

Da Redação

A doença possui maior incidência na faixa etária entre 50 e 70 anos, mas as possibilidades de desenvolvimento já aumentam a partir dos 40 anos, tanto em homens como em mulheres. O deputado estadual, Dr Alberto Negrão, que é especialista em coloproctologia, conversou com a equipe da Rádio Assembleia nesta quinta-feira (18) sobre o assunto e afirmou que a prevenção é o melhor tratamento.

“O câncer de colo retal é a segunda causa de morte entre os homens (a primeira é próstata) e a terceira causa mulheres (as primeiras são mama e colo de útero). A prevalência é muito alta em relação a outros tipos. E, o diagnóstico se torna mais difícil porque o paciente não busca investigar por receios em relação ao exame”, explicou o médico. Segundo ele, existem três grupos de causas que incluem histórico familiar, estilo de vida e alimentação. “Quem come muita carne vermelha, embutidos, enlatados, bebida alcoólica, fumo, obesidade está sujeito a ter alterações no trato intestinal, logo, corre maior risco de desenvolver algum tumor na região.”

Para prevenir, o ideal é a descoberta de alterações de forma precoce. “A sociedade brasileira de coloproctologia cada vez mais está diminuindo o tempo do diagnóstico precoce. Há 10 anos, colocamos como 50 anos, como idade mínima para o exame de colonoscopia, que é o padrão ouro para detecção. Hoje, é 45 anos.” E, de acordo com Alberto Negrão, fatores podem diminuir essa idade. “O pai apresentou o câncer com 50 anos, então todo mundo da família com 40 anos deve começar a fazer o rastreio com colonoscopia”, detalhou.

Os tratamentos podem incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Em todos, a chance de cura depende muito da fase em que o tumor for identificado. “Perder peso, roupa folgada, perda de sangue nas fezes, sangue escuro, alterações no trato intestinal. Ia todos os dias pela manhã, passa agora dois e três dias sem ir ao banheiro. Tudo isso são sinais de alerta. A História familiar é super importante. Se o pai, mãe e tio teve, tem que fazer os exames preventivos. Em torno de 70% dos casos é fator genético.”

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