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Diante da polêmica, Ministério autoriza Amapá a transportar exames de suspeitos

Antes exclusivo do Ministério da Saúde, transporte de amostras de material coletado de suspeitos de Coronavírus será feito por transporte próprio do Governo do Amapá

Cleber Barbosa, da Redação

O coordenador da Vigilância Epidemiológica do Amapá, Dorinaldo Malafaia, confirmou ao programa LuizMeloEntrevista (Diário FM 90,9) que o Ministério da Saúde (MS) não fez a busca das amostras de pacientes suspeitos do Amapá para exame no Instituto Evandro Chagas, em Belém, que é o órgão de referência mais próximo, dentre os quatro existentes no país. Ele disse que o protocolo estabelecido pelo próprio MS prevê que a responsabilidade do transporte desse material é do governo federal, que não o fez ainda.
Diante da repercussão negativa da notícia, de que os exames de pessoas suspeitas do Amapá ainda não tinham sido analisados, o Ministério manifestou-se dizendo que faz o transporte suplementar e que os estados poderão realizar também o transporte das amostras. “Se tem uma coisa boa em meio a essa polêmica toda foi essa nota, que contradiz o a norma maior hierarquicamente, mas agora o governador já autorizou a contratação emergencial desse transporte, já que o Ministério da Saúde estabelecia um bloqueio anteriormente”, disse ele.

Idosos
O coordenador lembrou que a cada ano a pessoa vai perdendo imunidade, processo que se acelera a partir dos 40 anos de idade, exigindo um cuidado maior. “Mas não basta ser apenas idoso, pois a preocupação é com idosos com alguma doença de base, como hipertensão ou diabetes, que acabam agravando o chamado grupo de risco”, disse.
Dorinaldo disse também ser importante – embora doloroso – mante a recomendação de isolamento entre crianças e os idosos da família. A medida, diz, em países que apresentam os melhores resultados no enfrentamento da epidemia foi a partir da adoção de medidas drásticas como não aglomerar pessoas, manter distância mínima de 1,5 metro, dentre outras.
Ele explicou que a medida se justiça devido a possibilidade das gotículas que ficam em suspensão no ar quando uma pessoa fala, e se for alguém contaminado, certamente passará para quem estiver próximo.

Responsabilidade

O enfermeiro Dorinaldo Malafaia, coordenador estadual da Vigilância em Saúde | Foto: Elmano Pantoja/Secom

O coordenador também elogiou a postura do ministro da saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, que é médico, que tem adotado um discurso bastante técnico e franco a respeito do problema. Para Dorinaldo, a pior coisa numa hora dessa seria politizar a condução do estado de emergência. “Na Itália houve muita confusão entre as autoridades no começo da epidemia e hoje se formos analisar a curva epidemiológica do Brasil, se assemelha muito ao que ocorreu na Itália no começo também”, alertou o especialista.
Ainda tomando como base a grave situação da Itália – onde mais de 1 mil pessoas já morreram – ele disse que houve muita negligência até mesmo por parte da população, que iam aos bares, aos cinemas, e tudo mais.

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