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De camelô a candidato a deputado estadual, os projetos de Márcio do Comércio

Hoje empresário dono de três lojas, participou de protestos contra o fechamento do comércio durante a pandemia e defende representação para a classe.

Cleber Barbosa, da Redação

Filho de um vendedor ambulante, criou-se no centro comercial de Macapá, de onde jamais saiu e se orgulha em dizer que foi mesmo camelô. São muitas histórias para contar, uma coleção de incidentes, estresse, adrenalina e muito aprendizado. Márcio Modesto, de 43 anos, conhecido como Márcio do Comércio, foi do movimento estudantil, mas acabou se destacando na polêmica retirada dos informais da Rua Cândido Mendes em 2009, no maior “rapa” da história da cidade.

Ele recebeu o portal ConexaoBrasilia.com em uma das três lojas que possui no comércio, uma ótica muito bem montada e equipada, onde ele está prestes a poder também prescrever óculos com a conclusão do curso de optometrista. “Muitos artistas consagrados hoje devem esse sucesso ao trabalho que a gente fazia como vendedor de CD nas ruas”, diz, falando sério e com tom de indignação sobre a pecha de pirataria que aquela atividade possuía.

Para ele, embora admita que as cópias dos trabalhos autorais seja se fato algo contra as regras, prestava sim um serviço tanto para a população pobre que não conseguia comprar um disco original numa loja, como também ajudou a popularizar artistas de todas as matizes. “Não tinha internet, rede social, nada disso, o que popularizava essas músicas eram os CD’s de 5 reais”, pondera.

Márcio voltou a protagonizar sua liderança entre os empreendedores do centro comercial em 2020, em plena pandemia do Covid-19, quando aderiu ao movimento que protestava contra o fechamento das lojas durante o Lockdown. “Fui processado por conta daquilo, sabia? Foi então que a gente viu a necessidade de termos alguém que falasse por nós, daí nossos amigos me chamaram pra dizer que essa pessoa tem que ser eu, que serei lançado candidato a deputado estadual esse ano”, anunciou.

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