Ciro Gomes fala sobre alternativas econômicas para a Amazônia em sabatina online

Presidenciável deu declaração em entrevista para um pool de empresas de comunicação da Amazônia.

Da Redação

O presidenciável Ciro Gomes (PDT), ao responder pergunta do jornalista Cleber Barbosa, do Diário do Amapá, no programa ‘Eleições 2022 – Propostas para Amazônia’, que envolve um pool de empresas de comunicação, gerado pelo jornal O Liberal, de Belém, fez questão de se referir ao gestor amapaense, Waldez Góes, do mesmo partido e que até recentemente coordenou o Consórcio dos Governadores da Amazônia.

Ciro Gomes afirmou que Waldez Góes fez “belíssimo trabalho à frente do Consórcio dos Governadores da Amazônia, inclusive conseguindo atenuar a crítica internacional pesada que o presidente Jair Bolsonaro fez por onde merecer e que acabou prejudicando o país por inteiro”. O candidato pedetista foi o segundo presidenciável entrevistado pelo programa. A primeira entrevista coube ao candidato Felipe D’Ávila, do Partido Novo.

Cleber Barbosa, do Diário do Amapá, indagou a Ciro Gomes sobre que propostas ele tem para geração de emprego e renda na região, a partir de suas inúmeras vocações, entre elas o turismo, agronegócio e a mineração. O candidato respondeu que a Amazônia é um espaço territorial enorme e que por isso tem muitas diferenças. Ele disse que o Amapá, por exemplo, tem tradição de produzir arroz, viabilidade que não há em outros lugares do norte do país.

Ciro lembrou que quando se teve que traçar as reservas indígenas mais recentes, houve problemas sérios de desmonte de atividades produtivas, sem oferecimento de alternativas. Para ele, a grande alternativa para a região é tentar transformar em prática o que o mundo inteiro debate no momento: que a floresta vale muito mais em pé do que derrubada, porque derrubada dá riqueza uma vez, e nunca mais.

O presidenciável vê que é preciso realizar, na Amazônia, uma reconversão produtiva. “Nós precisamos fazer para cada lugar da região, um desenho. Claro que o grande passo é a industrialização com base biotecnológica, que agrega valores extraordinários”. Em tom condenatório, Ciro Gomes citou que a biopirataria pega um princípio ativo recolhido da sabedoria tradicional, leva-o para centros de pesquisas nos Estados Unidos ou Europa, faz o desenvolvimento e patenteia o saber tradicional como se fosse domínio tecnológico do mundo rico.

O candidato pedetista também citou o turismo, a mineração e até o artesanato como fortes aptidões econômicas para a região amazônica, mas desde que tenham uma ferramentaria de financiamento e um governo federal parceiro. “Até a própria pesca e a caça, de forma regulada e bem planejada, também podem ser alternativas econômicas muito importantes para a região amazônica”, analisou Ciro Gomes.

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