Amapá prorroga quarentena, mas admite debate sobre flexibilizar algumas atividades

Governador do estado e prefeito da capital anunciam no rádio decisão de estender decretos de isolamento social por mais duas semanas.

Cleber Barbosa, da Redação

O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT) e o prefeito de Macapá, Clécio Luís (REDE), concederam entrevista neste sábado (18), no Palácio do Setentrião, para anunciar a decisão de prorrogar por mais 15 dias os decretos com as regras de isolamento social criadas desde o início da pandemia planetária pelo vírus Covid-19. Mas dizem estar concluindo um debate com lideranças setoriais para definir um gradual processo de flexibilização de algumas atividades ligadas ao comércio e a economia como um todo.

As manifestações das duas maiores autoridades do Poder Executivo local foram transmitidas ao vivo durante o programa Toga&Becas, da rádio Diário FM (90,9), que também fez questionamentos e tirou dúvidas de ouvintes e internautas que acompanhavam pelas redes sociais do Sistema Diário. Eles disseram que a prioridade agora é aumentar a capacidade da estrutura de tratamento dos pacientes acometidos pela doença.

O governador disse ainda que a decisão de prorrogar a quarentena foi detidamente avaliada e debatida com os comitês técnicos, médicos e científicos que assessoram o estado e o município. “Infelizmente não nos resta por ora outra alternativa, dada a escalada da incidência da doença no estado, mas nós acreditamos que a estratégia é a mais adequada e paralelamente estamos dialogando com diversos setores para começar a definir de maneira gradativa a flexibilização de algumas medidas, quando a curva epidemiológica começar a baixar”, disse Góes.

Ele disse que o único ajuste das regras do isolamento foi a previsão agora do uso indistintamente de máscaras de proteção, especialmente para os agentes do serviço público, seja da saúde, segurança, vigilância, defesa do consumir e da ação social, que entende ser uma obrigação do estado.

Vidas humanas

Já o prefeito Clécio Luís disse que sabe bem que ainda existem reservas em relação ao isolamento horizontal adotado pelo governo e as prefeituras, mas que os números, as estatísticas e os parâmetros médicos atestam que era o melhor a ser feito. “A gente debate com os especialistas diariamente, e todos os pareceres, todos os prognósticos batem exatamente com o quer está acontecendo, então tudo aquilo que nós prevíamos está acontecendo, com uma diferença: nós estamos poupando vidas no Amapá”, pondera o gestor municipal.

Ele também falou sobre as desinformações criminosas dos chamados fake News, como as comparações sobre Curitiba não ter fechado o comércio e só ter havido uma morte na cidade, coisa que Clécio rebateu afirmando que estava ao lado do prefeito Rafael Greca reunido em Brasília quando ele ficou sabendo do primeiro caso. “Ele abandonou a reunião para retornar a Curitiba, mandou fechar tudo e só está reabrindo agora, mais de um mês depois, só que com a diferença de ter preparado a estrutura de atendimento, com mil leitos exclusivo para Covid e um hospital para mais 2 mil leitos, mas claro que também devido a própria condição econômica do Paraná que não temos a mesma”, concluiu.

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