Waldez presta contas no Parlamento e elege saúde área prioritária para próximos anos

Governador vai pessoalmente à Assembleia Legislativa e apresenta projetos para não só remediar, mas evitar que a população do Estado adoeça, com universalização da água tratada e esgotamento sanitário

Cleber Barbosa, da Redação

Na tradicional mensagem de abertura do ano legislativo, o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT) prestou contas nesta segunda-feira (3) do primeiro ano de seu quarto mandato, mas aponta como área prioritária do restante da gestão a saúde pública. Mais do que fazer a remediação, ele quer evitar que a população adoeça, executando um arrojado programa de saneamento básico – custeado por recursos externos.
Diferente de anos anteriores, ele optou por muitas falas de improviso, deixando boa parte do discurso escrito para pontuar sua retórica, por áreas. “Mesmo porque a Mensagem foi devidamente protocolada nesta casa de leis”, minimizou.
O governador aproveitou para fazer um balanço parcial das ações da gestão no decorrer do ano de 2019, um período que ele disse ter sido de retomada do crescimento, com a criação de novas frentes de ações, obras estruturantes, diálogo com o mercado e abertura para investidores. Também listou ações para os setores da educação, do desporto, dos licenciamentos, bem como melhoria dos serviços ao contribuinte e ao usuário, com a utilização de novas tecnologias e plataformas digitais.

Saúde
O governador disse que no ano passado, o Estado executou um orçamento de R$ 864 milhões para a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) e que para 2020 foram alocados valores subiram para R$ 919 milhões, um aumento de quase R$ 50 milhões que ainda serão acrescidos de mais R$ 172 milhões em recursos extra orçamentários da União. “Serão investimentos do Tesouro Estadual, do BNDES e de Emendas Parlamentares, tudo para a área da saúde que ainda podem chegar a R$ 200 milhões a partir do diálogo que a gente vem mantendo com a bancada federal, através de emendas de bancada e emendas individuais”, disse.
Além de assegurar investimentos em tecnologia para o parque logístico da rede estadual de saúde, os orçamento prevê também a retomada de obras no Hospital Estadual de Santana, no Hospital de Laranjal do Jari, no Hospital de Pronto Atendimento Infantil, como a inclusão da reforma da Unidade de Saúde de Ferreira Gomes, do Hospital do Porto Grande, que num formato de parceria público privada custeada por um fundo de compensação da Cachoeira Caldeirão, no valor de R$ 11 milhões.
Sobre a estratégia para Porto Grande, disse ser um ponto central no estado. “Na verdade resolvemos transformar aquele hospital em um centro regional, então será construída lá uma UTI e três centros cirúrgicos e outras obras complementares, que serão assumidas pelo estado e a bancada federal está garantindo 100% dos equipamentos ainda este ano, segundo nos assegurou o presidente Davi, para que no próximo ano possamos inaugurar o Hospital Regional de Porto Grande, como retaguarda Serra do Navio, Pedra Branca do Amapari e Ferreira Gomes, pois com o projeto de regulação para o município de Amapá, vocacionado para a região Norte do estado”, enumerou Góes.

Saneamento
Além de listar outras obras para a capital, como a Maternidade da Zona Norte, ele confirmou a construção de um bloco novo no Hospital de Emergência, praticamente um novo hospital, praticamente dobrando a capacidade do atual pronto socorro, com mais 90 leitos. Além disso, confirmou a liberação dos primeiros R$ 25 milhões de um total de R$ 100 milhões para a construção de um novo Hospital de Ponto Atendimento em Macapá.
Por fim, ele falou da importância de tocar obras de saneamento. Confirmou ter dado encaminhamento para um modelo de privatização da Caesa que terceirize apenas a região metropolitana de Macapá e Santana, deixando o interior do estado para que estatal continue prestando atendimento. Disse que os investimentos por exemplo em Laranjal do Jari irão proporcionar uma cobertura de 90% no fornecimento de água tratada, como também na baixada do Ambrósio, em Santana. “É um contrassenso para todos nós, morarmos ao lado do Rio Amazonas e não ter 100% de água tratada e esgoto sanitário, mas levaríamos 100 ou 200 anos para fazer com dinheiro do estado ou da prefeitura, ou mesmo do governo federal, pois os poucos estados ou grandes capitais que avançaram foi com dinheiro do BID ou do BNDES, daí nosso compromisso de buscar por essas parcerias”, concluiu.

Mensagem

A leitura da mensagem governamental abre oficialmente os trabalhos no Legislativo Estadual | Arte: Secom/GEA
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