Vereador quer apoio para agricultura familiar para zona rural de Macapá

Dudu Tavares (PDT/AP) conhece projeto de agroindústria no interior do Amapá que acredita poder fazer ser implantado no município e ajudar a amenizar crise provocada pela pandemia.

Da Redação

Um modelo de agroindústria familiar tem chamado atenção e criado oportunidades para pelo menos 60 famílias de agricultores da Comunidade do Ramal do Cachaço, no município de Serra do Navio, cerca de 200 km de Macapá. A plantação de macaxeira amarela, conhecida como manteiguinha e a pimenta do reino tem gerado emprego e renda, colocado comida na mesa e girado a economia do município.

A iniciativa levou o vereador Dudu Tavares (PDT) ao local para ver o empreendimento que envolve a comunidade e apresenta bons resultados econômicos. A ideia é levar a metodologia para os distritos e algumas regiões rurais de Macapá, já que a superação da crise acusada pelo novo coronavírus pode se dar pela terra. “Vim conhecer o empreendimento e ver como será possível adequar o processo para fomentar agricultura familiar em Macapá, como forma de força motriz de empreendedorismo, que deu certo no município de Serra do Navio. A gente entende que o empreendedorismo e o agronegócio são a mola propulsora pós pandemia”, declarou Dudu Tavares.

A família Gomes Matos foi a grande visionária deste projeto que iniciou com uma pequena produção de chips de macaxeira, feita pela Priscila, esposa do Davi. Ela contou que no início era um lanche para as pessoas que trabalhavam na propriedade e para os familiares que visitavam o local. Com a boa aceitação, passou a vender para os moradores da vila de Serra do Navio e a partir daí, iniciou a expansão.
Com uma visão ampla do negócio, Davi e Priscila criaram a “Do Cecília, Produtos Caseiros”, e hoje, o chips de Macaxeira, é comercializado em pequenos comércios, nas grandes redes de supermercados e farmácias do Amapá.

Oportunidade para todos

O vereador Dudu Tavares caminha com os produtores rurais de Serra do Navio ao conhecer o projeto | Foto: Janine Cruz/GAB

O que poucos sabem é que o projeto da família Gomes Matos, é uma rede produtiva que também envolve pelo menos 30 famílias de agricultores da comunidade do Cachaço. A produção da empresa também tem origem nas propriedades dos pequenos empreendedores rurais que foram incentivados por Davi a plantar a macaxeira manteiguinha e orientados tecnicamente para uma boa safra.

Davi explicou que a produção das lavouras é comprada pela fábrica da família para ser transformada, no chips, e também, em massa de macaxeira para bolos e salgados. Com pouco mais de um ano de funcionamento, a fábrica da empresa já comprou mais de 115 toneladas de macaxeiras dos pequenos agricultores do Cachaço.

“Nossa visão é de empreendimento compartilhado. Nós temos estrutura para plantar a macaxeira para a nossa própria produção. Mas isso faria com que o recurso ficasse retido somente na nossa propriedade. E não é o que queremos. Com a compra da produção foram injetados cerca de R$ 120 mil nas famílias da comunidade envolvidas no projeto. Queremos o crescimento e desenvolvimento da nossa comunidade”, disse Davi Matos.

Outro empreendimento com incentivo da família Gomes Matos é a plantação de pimenta do reino, uma das mais antigas e conhecida especiarias. Atualmente a safra representa um dos maiores recursos capitalizados de fora do município, explicou Davi. Toda a produção do ano passado foi vendida para o Pará.

Cerca de 36 famílias foram encorajadas a se dedicarem ao plantio da pimenta-do-reino. Davi contou que doou mudas, ensinou e acompanha o desempenho do cultivo. No ano passado a produção do Cachaço rendeu 48 toneladas. A safra acontece entre os meses de agosto e outubro e a expectativa para este ano é bastante promissora com aumento de mais de 100%, chegando a 100 toneladas.

Parlamentar diz ser importante replicar para outras comunidades essa força que representa a agricultura familiar na economia.

Tanto a macaxeira amarela, quanto a pimenta do reino são produtos orgânicos. O chips já possui o selo ACMG AGRO, e agora, a empresa, está em processo para conseguir o selo brasileiro de produto orgânico.

“A inciativa do Davi e da Priscila é genial. Além de fortalecer a agricultura com a mão de obra familiar, beneficia as famílias do Cachaço e ainda aquece o mercado serrano e amapaense. Por isso é tão importante replicar para outras comunidades essa força que representa a agricultura familiar na economia da nossa terra”, finalizou o vereador.

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