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PPI do Mel: comunidade quilombola ganhará espaço para beneficiamento do produto

A Casa do Mel atenderá projeto de meliponicultura que, atualmente, já produz 1,5 tonelada ao ano.

Da Redação

O Governo do Amapá vai implantar um espaço para beneficiamento de mel na comunidade quilombola Mel da Pedreira, na zona rural de Macapá. O projeto para a estruturação do local foi entregue pelos moradores ao governador, Waldez Góes, no último sábado, 19, durante agenda do Dia de Campo, voltada para agricultores da região que se destaca por seu potencial produtivo.

Em Mel da Pedreira e entorno existem mais de 800 colmeias – 620 delas fazem parte do meliponário do quilombo – um espaço que reúne colmeias de abelhas sem ferrão (no Amapá, são mais de 50 espécies e pelo menos 10 são eficientes para a produção de mel de alta qualidade). Criado há 16 anos, o projeto hoje atende 21 famílias com a produção de 1,5 tonelada do produto.

Segundo biólogo e pesquisador o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa), Richard Frazão, e o técnico do meliponário, Elizeu Cirilo, a meta para 2022 é alcançar 1.200 colmeias e 2 toneladas de mel.

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“A Casa do Mel vai criar as condições para certificação desse produto conferindo a ele maior validade e durabilidade. Toda essa estrutura vai atrair o mercado local, nacional e internacional porque, cada vez mais, os consumidores exigem produtos fabricados com menos impactos ambientais e a fabricação do mel é sustentável. Com isso, também estamos valorizando uma comunidade tradicional”, frisou Góes.

O projeto que prevê a construção da Casa do Mel está, inicialmente, orçado em R$250 mil e passará por análise dos órgãos estaduais para possíveis adequações estruturantes.

“O nosso projeto de construção e aquisição de equipamentos é para termos uma estrutura dentro dos padrões exigidos para beneficiar o mel e certificá-lo. Assim, teremos um grande mercado para o nosso produto”, enfatizou o presidente da Associação dos Moradores da Comunidade Quilombola Mel da Pedreira, Jacob Fortunato.

A comunidade também se destaca na produção de mandioca, milho e feijão e na suinocultura. Os produtores contam com incentivo do Programa de Produção Integrada de Alimentos (PPI) com orientação de técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

PPI 2021

O PPI é coordenador pela SDR. Em 2021, o programa já alcançou 1.290 produtores de 64 entidades agrícolas, totalizando R$ 11 milhões para a agricultura familiar, que é parte dos R$55 milhões destinados ao setor econômico nos últimos 18 meses.

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