Pouca participação da mulher na política precisa ser revisto, diz presidente do TRE

Em sua primeira entrevista no rádio após a posse na Justiça Eleitoral do Amapá, magistrado Gilberto Pinheiro diz que além de votar, elas precisam ser votadas.

Cleber Barbosa, da Redação

Em sua terceira passagem pela Presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TER/AP), o desembargador Gilberto Pinheiro acaba de assumir o cargo, ao lado do colega João Guilherme Lages Mendes – vice-presidente e corregedor. Decano da Justiça Estadual, o magistrado se disse honrado com a missão, mas listou alguns desafios que tem pela frente, entre eles o de incentivar uma maior participação das mulheres na política partidária.

Ser amapaense também lhe é motivo de muita satisfação. Foi uma cerimônia bastante concorrida, principalmente por meio virtual, o que para ele demonstra todo o respeito que o Judiciário do Amapá vem construindo ao longo de sua história. Ele recordou o fato de ter convivido com muitas lideranças populares, gente aguerrida e diligente que poderia muito bem ter uma participação mais ativa na conscientização da população, em diversos aspectos, como por exemplo, o combate ao analfabetismo.

Pinheiro inclusive já implementou um projeto denominado “ABC da Cidadania”, ainda em sua segunda passagem pela direção do TRE, em que eram identificados eleitores não alfabetizados. “Contactamos com a Fundação Banco do Brasil, que tem um trabalho belíssimo na área da educação, então vieram capacitar os professores que atuaram no projeto da justiça eleitoral, voltado também ao voto consciente e reduzindo em 40% o número de eleitores analfabetos”, disse ele.
Demonstrando preocupação com a contemporaneidade do processo de participação do cidadão na política, ele disse ter como uma das diretrizes o combate às fake News, a desinformação e o que considera vandalismo contra a segurança do processo de votação. “Sou de uma época que a eleição era no papel, levávamos três dias para apurar o resultado, então hoje a urna eletrônica é um ponto alto do nosso país e que o brasileiro deveria valorizar mais, da mesma forma como temos o melhor café do mundo”, concluiu.

Desafios e propostas

O desembargador Gilberto Pinheiro relembrou a experiência no biênio anterior na condição de vice-presidente da corte eleitoral, em conjunto com o desembargador Rommel Araújo, numa eleição municipal com pandemia e apagão, culminando em um histórico adiamento.

Em conjunto com o Des. João Lages, os novos dirigentes trazem um planejamento voltado para a proximidade da Justiça Eleitoral com os eleitores. Gilberto Pinheiro demonstrou sua preocupação em promover um atendimento acessível e integrado para toda a população, “numa realidade político-social eleitoral de nossa terra”. Afirmou ainda que “acima de tudo vamos preparar o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá para o grande desafio que serão as Eleições gerais de 2022”, concluiu.

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