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Pedra Branca do Amapari continua com o abastecimento de água potável e a pesca suspensos

A causa da morte de peixes ainda é desconhecida. Em apenas três dias, mais de duas toneladas foram retiradas do rio.

Da Redação

O presidente e o vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputados Dr. Victor, do REDE, e Pastor Oliveira, do Republicanos, respectivamente, passaram os últimos dias percorrendo rios e igarapes, Pedra Branca do Amapari,  no Centro Oeste do Amapá.

Os parlamentares reuniram com a prefeita do município, Beth Pelaes. Com a direção da Mina Tucano. Inspecionaram barragens. Acompanharam o trabalho dos técnicos da Defesa Civil, Sema e Polícia Científica no Igarapé da Areia, onde foi encontrada grande concentração de sedimentos às margens do riacho, que desagua no Xivete.

“À comissão do Meio Ambiente estará preparando o seu relatório final encaminhando esse relatório para o Ministério Público Ambiental, para a Sema, para o Ibama e para todos os órgãos fiscalizadores onde constatamos que população precisa com urgência de apoio, com urgência de ajuda até porque tanto o abastecimento de água potável como a pesca continuam suspensos até a chegada do laudo feito pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém, sobre as condições da água e o que pode ter ocasionado a mortandade de peixes na região”, disse o deputado Pastor Oliveira.

A causa da morte de peixes ainda é desconhecida. Em apenas três dias, mais de duas toneladas foram retiradas do rio. O problema se agrava ao atingir outras espécies que também servem para a alimentação dos ribeirinhos. Pedra Branca do Amapari está há mais de dez dias com o abastecimento de água potável e a pesca suspensos.

Morador da comunidade do Xivete, Arnaldo Viana de Almeida sustenta a contaminação do Igarapé e que não se sente seguro em beber água do riacho como antes.

“O Igarapé está contaminado. Eu não tenho poço e sempre usei a água do igarapé para suprir todas as minhas necessidades. Mas com esse ocorrido, como a gente vai acreditar em comer um peixe que a gente não sabe quando vai está bom esse peixe para nós comer?”, disse Arnaldo de Almeida.

O acidente afetou 2.911 residências que passaram a ser assistidas por caminhões pipas. Os.mais afetados re eneram cestas básicas. Apesar das cobranças pela normalidade no abastecimento de água e pela liberação da pesca, a prefeita Beth Pelaes demonstra insegurança quando o assunto é retonar com o fornecimento de água.

“Vou ficar mais tranquila em fazer essa liberação com um laboratório creditado pelo Inmetro e que venha fazer a coleta aqui no município para a gente poder ficar bem tranquila em saber que a população de Pedra Branca está livre de qualquer dano”, sustentou Beth Pelaes.

Dona Terezinha Conceição dos Santos nasceu e se criou na comunidade do Xivete. São 54 anos usufruindo de todas as riquezas que a natureza oferece. Ela se emociona ao dizer que não vai mais poder tomar banho no rio e nem tampouco pescar.

“Não posso mais colocar uma malhadeira, não posso mais tomar uma água, não posso mais tomar um banho de rio. Essa era a nossa rotina, são 54 anos vivendo assim, são famílias que dependem disso. E o meu vício era pescar e agora por conta desse acidente, eu não posso mais fazer”, lamentou.

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