Judiciário adia retomada dos atendimentos presenciais antes marcados para segunda-feira

Desembargador presidente da Corte Estadual vai ao rádio e esclarece motivos para estender funcionamento remoto, mas projeta que audiências virtuais vão virar realidade.

Cleber Barbosa, da Redação

O presidente do Tribunal de Justiça do Amapá, desembargador João Guilherme Lages Mendes, foi ao rádio neste sábado (01) para dar mais detalhes sobre a decisão de adiar para 17 de agosto a retomada dos atendimentos presenciais e julgamentos no Judiciário local. Ensaiada algumas vezes, a volta dos trabalhos sempre esteve condicionada à evolução epidemiológica do estado e não pode ser considerada algo definitivo, mas admite que as audiências virtuais poderão virar uma realidade muito em breve.
Ele destaca que a gestão do Tjap sempre busca o diálogo para que prevaleça a democracia em todas as suas relações. “Estamos há três meses trabalhando nisso e as nossas decisões não partem de cima para baixo, tudo que nós fazemos é consultando as nossas bases, temos uma comissão formada por magistrados e servidores que vinham preparando o retorno gradual das nossas atividades físicas”, disse ele.
Lages lembrou que todos estavam preparados para retomar as audiências e demais atividades na próxima segunda-feira, dia 3, com toda a segurança e proteção à saúde, mas o coordenador da comissão interna do Tjap, desembargador Carlos Tork, alertou para a evolução do status sanitário do estado, a dois pontos de passar do estágio amarelo para o vermelho.
Um relatório do próprio órgão estadual de enfrentamento à pandemia também não recomendava o retorno dessas atividades, segundo reforça o dirigente do tribunal. “A Justiça não parou, só a roda não estava girando 100%, mas graças ao aporte de recursos extraorçamentários, por meio de emendas parlamentares, para modernização do parque de T.I. [tecnologia da informação] começou a ser feita e isso possibilitou o teletrabalho e vamos continuar atendendo o nosso jurisdicionado”, disse ele que diz manter perfeita sintonia junto a outras instituições que garantem o funcionamento da justiça, como Ministério Público, Defensoria Pública, Ordem dos Advogados e Procuradoria Geral do Estado.
Juizados especiais na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) e na Comarca de Santana, retomarão os atendimentos presenciais no dia 25 deste mês, em caráter experimental, para que todas as medidas de proteção e prevenção à saúde possam ser experimentadas e, caso sejam aprovadas, poderão levar a Justiça a retomar por um todo os trabalhos e audiências.

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