Jesus Pontes convida pesquisador da Unifap a esclarecer sobre corais amazônicos

Lilian Azevedo, da Redação

O deputado estadual Jesus Pontes (PTC/AP) convidou o professor Marcelo José de Oliveira, uma das maiores autoridades locais sobre o processo de licenciamento de pesquisas de petróleo na Costa do Amapá a apresentar um resumo de suas pesquisas sobre a polêmico embargo das prospecções na Foz do Rio Amazonas. Tanto o proponente da convocação como os demais parlamentares da Casa se disseram satisfeitos com o nível do debate e a relevância dos esclarecimentos.

Marcelo Oliveira é do curso de graduação em Ciências Ambientais e da especialização em Meio Ambiente, Petróleo e Gás da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e a ideia de ocupar a tribuna do Parlamento Estadual surgiu da necessidade de fazer uma explanação, à luz das ciências, a respeito da questão mineral, em especial a prospecção de petróleo e gás na Foz do Rio Amazonas.

Para Jesus Pontes, é importante a contribuição da Academia com o debate de uma questão tão sensível como essa. “Trata-se de uma das maiores autoridades locais no tema, graduado e com mestrado em geologia, doutor em Desenvolvimento Sustentável, enfim, o pesquisador Marcelo também é responsável pelo diagnóstico do setor mineral do Amapá e também tem publicações sobre a questão da mineração, e orientações de trabalhos sobre o licenciamento da exploração petrolífera no Amapá”, declarou o parlamentar.

Corais

O deputado Jesus Pontes (PTC), autor da proposta de ouvir o pesquisador da Unifap no Plenário da ALAP | Foto: Reprodução TV Assembleia

O deputado Paulo Lemos (PSOL) também elogiou a explanação feita pelo pesquisador da Unifap, especialmente por ter esclarecido que houve um erro técnico na tradução do inglês para o português do relatório do Greenpeace sobre a existência de corais amazônicos na Costa do Amapá. “O especialista mesmo foi lá e disse, são recifes, não são corais mais, isso foi há milhões de anos, então quero aqui parabenizar a iniciativa do deputado Jesus, pois me esclareceu muitas dúvidas e agora a gente vai bater quando falarem de corais, esquece isso não existe mais”, completou Lemos.

Jesus Pontes alertou ainda para uma informação repassada pelo pesquisador convidado, de que o processo de licenciamento das pesquisas de petróleo e gás na Costa do Amapá não foi cancelado, mas sim arquivado e que nessa condição poderá ser retomado. “Existem todas as condições hoje para que essa pesquisa seja feita com toda a segurança, há tecnologia disponível para isso, independente de corais ou não, há vida marinha e todo um ecossistema que nós também queremos e precisamos proteger, só não podemos é ficar alijados do direito de ter uma riqueza como combustíveis fósseis devidamente explorados”, disse Pontes.

Ele encerrou dizendo ter sido uma grande oportunidade para desmistificar esse tema tão delicado, pautado por uma ONG internacional, mas que vem sendo questionada com uma robustez de provas que as ciências estão proporcionando. “Vamos em frente, pois o Amapá precisa produzir o seu sustento”, concluiu Jesus Pontes.

Pesquisador

O professor Marcelo José de Oliveira, do curso de graduação em Ciências Ambientais e da especialização em meio ambiente petróleo e gás da Unifap

 

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