Governo do Estado, Ministério da Saúde e Opas discutem estratégias de combate à malária no Amapá

Encontro ocorre até a quinta-feira, 29, e avalia a incidência da doença nos 16 municípios.

Da Redação

Desde a terça-feira, 27, o Governo do Estado debate estratégias para o combate à malária no Amapá, junto com o Ministério da Saúde (MS) e representantes dos 16 municípios. O encontro, que ocorre até quinta-feira, 29, também conta com a participação da Organização Pan-americana de Saúde (Opas).

A oficina organizada pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS-AP) busca reunir informações sobre o cenário atual e as necessidades de cada município dentro do Plano de Eliminação da Malária, lançado em 2022 pelo Governo Federal.

A ideia é dar base para intensificar o combate à doença no Amapá, de acordo com o cenário de cada região.

“É muito importante esse diálogo com a esfera federal para a elaboração e implementação do nosso projeto. A oficina é fundamental para que o Ministério conheça nossa realidade e entenda as necessidades específicas de cada município”, destacou a superintendente de Vigilância em Saúde, Margarete Gomes.

Dados do Ministério da Saúde apontam que 80% dos registros de malária no Brasil se concentram em 33 municípios da Região Norte. No Amapá, foram mais de 4 mil casos em 2021 e, em 2022, esse número caiu para cerca de 2,8 mil. Esse ano, de janeiro até o dia 19 de junho, 1,7 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença.

O representante da Coordenação de Eliminação da Malária (Cema), do Ministério da Saúde, Cássio Peterka, disse que o órgão vem trabalhando junto aos estados para o fortalecimento de ações para eliminar a malária, e que já é possível observar avanços no controle da doença nos últimos anos.

“O Amapá tem municípios que já atingiram características de que até 2035, a doença estará eliminada, que é a meta nacional estipulada pelo Ministério da Saúde”, enfatizou Peterka.

Durante a oficina, os municípios de Itaubal, Pracuúba, Laranjal do Jari, Vitória do Jari, Santana e Amapá receberam a declaração de reconhecimento municipal das fases de eliminação de malária.

As políticas preventivas aplicadas continuamente e os esforços dos órgãos de saúde do Estado para reduzir o número de pessoas infectadas credenciaram o Amapá como modelo para o restante do país. A referência foi anunciada em abril, durante a 1ª Oficina de Combate às Endemias do Amapá.

“São desafios que nós temos que enfrentar e vencê-los, mas essa união de forças com os estados nos dá boas perspectivas. O Amapá está no caminho certo”, disse a representante da Opas, Sheila Rodovalho.

A programação prevê a exibição de estratégias para eliminar a malária nos municípios participantes e, em seguida, diagnóstico e tratamento, além de vigilância e controle vetorial, educação em saúde, indicadores e metas do plano de eliminação e a competência nas três esferas.

“Somos o primeiro estado a receber esta oficina conjunta de eliminação da malária. Temos o desafio de eliminar a doença de nosso país nos próximos anos e o trabalho técnico desenvolvido pelo Ministério da Saúde nos coloca em condições mais favoráveis para o cumprimento dessa meta que deve ser abraçada por gestores, profissionais, e nós, parlamentares, no sentido de apoiar essas ações”, disse o deputado federal, Dorinaldo Malafaia, durante o evento.

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