Escola do Legislativo discute violência contra mulher com servidores da Alap

Para Keury Alves, prestador de serviços da Alap, hoje as mulheres estão mais amparadas e contam com uma rede de apoio que pode protegê-las e livrá-las desse ambiente tóxico.

Da Redação

Nesta segunda-feira,21, foi a vez dos servidores homens da Assembleia Legislativa do Amapá participarem da roda de conversa em alusão ao Agosto Lilás, mês de enfrentamento à violência de gênero em todo o Brasil. Sob o tema: “Brasil sem violência contra a mulher. Brasil com respeito”, o público masculino pode discutir com as mediadoras Renata Lima Castro e Juliana Galvão, respectivamente Procuradora e psicóloga da Alap, temas sensíveis em relação à violência praticada contra as mulheres.

De acordo com dados do instituto Datafolha e Fórum de Segurança Pública, 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto no Brasil, em 2022. 28,9% (18,6 milhões) das mulheres relataram ter sido vítima de algum tipo de violência ou agressão, o maior percentual da série histórica do levantamento. Ainda, 14 mulheres foram agredidas com tapas, socos ou chutes por minuto, quase 6 milhões sofreram ofensas sexuais ou tentativas forçadas de manter relações sexuais e quase 51 mil mulheres sofreram violência diariamente em 2022, o que equivale a um estádio de futebol lotado; de forma local corresponderia a quatro estádios Zerão em sua capacidade máxima e 45% das mulheres vítimas de violência não fizeram nada após sofrer o episódio mais grave. Como perfil das vítimas 65,6% são negras, 30,3% tem entre 16 e 34 anos e mais de 50% residem em cidades do interior. Destas, 27,6 milhões de mulheres disseram ser vítimas de violência praticada por parceiros e ex parceiros íntimos.

As mediadoras realizaram, juntamente com os participantes, uma reflexão crítica sobre os problemas do cotidiano em uma relação afetiva e a administrar conflitos identificando as diversas situações,bem como uma abordagem temática relacionada à sociedade e à cultura.

Para Renata Castro, a inclusão dos homens em uma conversa tão importante quanto a violência contra as mulheres é enriquecedor. “Eles podem ,dessa forma, assumir seu papel de agentes de transformação,escutaram ativamente, contaram suas experiências e, de coração aberto, fizeram seus relatos. A Escola do Legislativo está de parabéns por essa pauta fundamental que precisa estar em todos os setores: escolas, ambiente profissional, em casa, incluindo a todos”, pontuou a Procuradora.

Para Keury Alves, prestador de serviços da Alap, hoje as mulheres estão mais amparadas e contam com uma rede de apoio que pode protegê-las e livrá-las desse ambiente tóxico. “Eu venho de uma situação de violência na família; ainda criança presenciei agressões naquele ambiente que era pra ser meu lar. Isso deixa marcas e, eu posso falar por experiência, que não há nada melhor que respeitar a mulher ao seu lado, sua companheira de vida. Eu aprendi que eu não preciso repetir os mesmos padrões, que eu posso ser diferente e quebrar esse ciclo porque a mulher tem o seu direito de escolha, o lugar importante na família e precisa ser valorizada e protegida por ser quem é”,afirmou.

Publicidade (x)

você pode gostar também
Comentários
Carregando...