CRM/AP diz ser natural e oportuno decisão da OMS em retomar estudos com Cloroquina

Para o dirigente da entidade médica local, a decisão pode finalmente esclarecer dúvidas e mitos sobre essa substância química, muito utilizada em outras doenças.

Cleber Barbosa, da Redação

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/AP), Eduardo Monteiro, comentou em entrevista no rádio durante a semana que vê com naturalidade o fato da Organização Mundial de Saúde (OMS) ter retomado os estudos com Hidroxicloroquina e Cloroquina para o combate à pandemia do novo Coronavírus (Covis-19). Ele concedeu entrevista ao programa LuizMeloEntrevista, na Diário FM (90,9).

Segundo o representante da classe médica local, a mudança de rumo da OMS denota quão dinâmica é a luta contra a doença, portanto não vê nada de anormal. “Não me surpreende em nada porque mais de 100 pesquisadores já tinham se manifestado a respeito disso, pois era um estudo que não tinha embasamento científico, mas uma pesquisa por Internet e não constava na pesquisa qual era a dose do medicamento que estava sendo utilizado”, recorda.

Para ele, há um outro recorte importante sobre essa pesquisa inicial, que foi o fato das pessoas que estavam sendo testadas apresentavam estado grave de Covid-19 e hoje já se sabe que não tem resultados satisfatórios. “Esse medicamento tem resultado [positivo] na fase inicial da doença, isso já está mais do que divulgado, ou seja, na fase de insuficiência respiratória ele não tem mais ação porque aí já houve a multiplicação viral e já levou [o paciente] para a fase mais grave da doença e ele [medicamento] já não tem mais ação”, explica.

Efeitos colaterais

Presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/AP), Eduardo Monteiro | Foto: Joelson Palheta/DA

Por fim, o médico explicou que a Hidroxicloroquina e a Cloroquina vêm sim sendo utilizados na fase inicial da doença – sob protocolo próprio – e vem dando resultados para evitar o agravamento do quadro do paciente. “Aí temos uma somatória de medicamentos que são utilizados com múltiplos efeitos colaterais que seguramente podem agravar ainda mais a situação deste paciente”, concluiu.

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