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Com problemas estruturais, Hospital Regional do município de Amapá será demolido

Anúncio foi feito pelo titular da Secretaria Estadual da Saúde (SESA) que inicia a implantação de uma estrutura provisória para garantir atendimentos.

Cleber Barbosa, da Redação

Pode estar chegando ao fim um dos grandes gargalos na oferta de saúde pública no interior do estado do Amapá, curiosamente no município que foi a primeira capital do então Território Federal do Amapá. Trata-se do Hospital Regional de Amapá, distante cerca de 300 quilômetros de Macapá e que vinha sucumbindo ao longo dos anos devido a total carência de infraestrutura. A unidade será demolida.

O anúncio foi feito pelo titular da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), Juan Mendes, em telefonema ao portal ConexaoBrasilia.com.

Procedimentos foram abertos no âmbito do Ministério Público, através da Promotoria de Justiça de Amapá | Arte: Bruno Barbosa

Nos últimos anos diversas reclamações e denúncias haviam sido feitas por entidades de classe, profissionais da saúde, o Ministério Público do Estado e os próprios usuários do hospital. “Os problemas são estruturais, que só se agravaram nos últimos anos, daí a decisão do governo em implantar uma estrutura provisória, em formato de hospital de campanha até a construção de uma nova casa de saúde, com os recursos que foram alocados através de articulações dos senadores Davi Alcolumbre e Lucas Barreto”, disse o gestor.

Provisório

Secretário de Saúde Juan Mendes visita as instalações do espaço provisório que está sendo montado | Foto: Ascom/SESA

A unidade de saúde temporária no município de Amapá quer garantir a assistência aos pacientes do local e regiões adjacentes. A estratégia de remanejamento dos atendimentos é com o intuito de desapropriar o espaço para dar início às obras para um novo Hospital Regional no município. “A tenda conta com todos os recursos de uma unidade normal. São 22 ambientes como recepção, sala de espera, triagem clínica, consultório médico, farmácia, sala de aplicação de medicações, esterilização de materiais, posto de enfermagem, observação, enfermarias masculina, feminina e pediátricas, sala de pré-parto, parto e pós-parto, isolamento para casos confirmados e suspeitos de covid-19, estabilização além das salas de descanso e administrativas”, diz o estado em nota enviada à reportagem.

A unidade mista do Amapá é a principal referência de atendimentos intermediários entre básicos e média complexidade, realizando em média 2.500 mil atendimentos mensais. Um reforço de 20 leitos, sendo 16 adultos e 4 pediátricos, serão a retaguarda para os casos que necessitarem de internações, além de um leito de estabilização para atender intercorrências mais graves.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Juan Mendes, a necessidade da mudança foi em virtude de problemas estruturais do antigo prédio onde a unidade funcionava. “Era uma estrutura com mais de 40 anos, que necessitava de intervenções urgentes. Essa unidade provisória dispõe de toda uma estrutura hospitalar, humanizada e mais confortável, até que a gente consiga finalizar as obras do hospital Regional de Amapá, que sem dúvida será um importante equipamento de saúde para toda população da região”, comentou Juan Mendes.

Novo prédio

O Governo do Amapá já realizou um estudo do plano de necessidades para o Hospital Regional, que será construído na mesma área da antiga unidade. Além de realizar os atendimentos já feitos pela unidade mista, será possível ampliar os atendimentos, onde será uma referência para casos de baixa e média complexidade para os municípios da região.

A unidade contará com 110 leitos e o projeto ainda prevê centro cirúrgico, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e neonatal, setor de exame de imagens com raio-x, ultrassom e tomografia, central de gases medicinais e resíduos, estação de tratamento de esgoto, agência transfusional e Banco de Leite Humano.

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