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Até que surja outra medicação, Cloroquina tem uso recomendado, diz médica do Amapá

Secretária-adjunta de combate ao Covid-19 no estado, Maracy Andrade fala dos resultados positivos alcançados com a prescrição da Cloroquina e da Hidroxicloroquina no tratamento dos doentes.

Cleber Barbosa, da Redação

A médica Maracy Andrade, secretária-adjunta de Combate à Pandemia no Amapá, disse nesta segunda-feira (04) em entrevista no rádio que ainda não se tem evidência científica sobre a eficácia do tratamento à base de Cloroquina para pacientes com o Covid-19. Falando ao programa LuizMeloEntrevista, na Diário FM (90,9), ela disse que até que não se tenha uma medicação mais eficiente no mundo, esta vem tendo o uso autorizado por se mostrar eficiente, guardadas as ressalvas sobre o uso por pacientes com outras comorbidades.

Ela lembra que o novo Coronavírus tem pouco mais de cinco meses de evolução, portanto sem possibilitar um estudo mais aprofundado para apontar quais medicamentos são os mais recomendados para se utilizar no combate. “O Conselho Federal de Medicina falou exatamente isso, que apesar de ainda não termos evidências o médico em determinados casos, como pacientes com sintomas respiratórios graves, necessitando de internação e sob consentimento está autorizado as prescrever caso haja necessidade”, disse.

A secretária disse ainda que o médico precisa estar seguro dessa decisão e o paciente devidamente consciente de todas essas situações para que se faça uso da medicação.

Na prática, diz, o Conselho Regional de Medicina do Amapá (CRM/AP) também orienta a prescrição. “No domingo inclusive saiu uma recomendação do CRM do Maranhão, inclusive com dosagem e tempo de uso da medicação, então essa medicação na prática tem sido efetiva e está tendo a sua prescrição orientada, apesar do nosso ministro [da saúde] falar sobre a falta de evidências científicas, mas corroborando que está sendo efetivo o seu uso”, complementa.
Maracy Andrade considera que daqui a um tempo podem ser descobertas medicações, pois existem estudos sendo feitos e pode-se chegar até a uma droga melhor, mas até que isso aconteça a Cloroquina e a Hidroxicloroquina estão sendo utilizados para esse fim.

Ela ressaltou que especialmente as pessoas que são portadoras de doenças cardiovasculares, o Comitê Médico que atua no Amapá orienta um acompanhamento médico mais detido, inclusive com a realização de exames como eletrocardiogramas e não pode ser prescrito de forma aleatória. “A gente também não orienta de forma profilática, ou seja, não tem a doença e aí usa para se prevenir do contágio”, pondera.

Recentemente empossada no cargo de secretária-adjunta de enfrentamento à pandemia pela Secretaria Estadual da Saúde, ela destaca a participação de colegas na composição do Comitê Médico de Enfrentamento ao Covid-19, um serviço absolutamente voluntário. “Trata-se de um ato heroico e parabenizo esses profissionais, sob a presidência do doutor Pedromar Melo, pois foi uma iniciativa própria desses médicos em atuar na frente de batalha contra esse vírus que nos assola no momento”, elogiou.

Por fim, ela respondeu a questionamentos sobre a eficácia dos testes rápidos para diagnósticos da doença, agora que chegaram às farmácias e o comércio em geral, quando reforçou a necessidade de que isso seja feito dentro de critérios médicos, que tem o poder de decisão. “Se for solicitado [o teste] e for feito fora do tempo adequado vai dar um falso negativo, ou seja, a pessoa tem mas vai dar o teste como sendo negativo, então para se evitar isso a pessoa tem realmente que ter um acompanhamento do profissional de saúde, enfermeiro, médico, alguém que possa orientar nesse sentido”, finalizou.

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