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MP-AP participa do 5º Fórum Contra o Câncer – Norte e Nordeste

O Fórum é realização do Instituto Roda Viva, do estado do Ceará e da ONG Carlos Daniel, do Amapá e nesta edição o oncologista Dráuzio Varella é um dos convidados. 

Da Redação

O 5º Fórum Todos Juntos Contra o Câncer – Norte e Nordeste está acontecendo em Macapá, no auditório do SEBRAE, com a presença de autoridades, gestores, especialistas, representantes da sociedade e de instituições públicas. Na abertura do evento, que aconteceu na quinta-feira (27), o promotor de justiça de Defesa da Saúde, Wueber Penafort, representou o procurador-geral de justiça do Ministério Público do Amapá (PGJ/MP-AP), Paulo Celso Ramos. O Fórum é realização do Instituto Roda Viva, do estado do Ceará e da ONG Carlos Daniel, do Amapá e nesta edição o oncologista Dráuzio Varella é um dos convidados.

Todos Juntos Contra o Câncer é um movimento da sociedade civil formada por mais de 300 entidades de diversos setores comprometidos com a causa, que é liderado pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE).
“Panorama do Câncer na Região Norte e Nordeste” foi o tema de abertura, e participaram do debate o promotor Wueber Penafort; o presidente da ONG Carlos Daniel, Agenilson da Silva; o médico Dráuzio Varella; representando a Secretaria de Estado da Saúde (SESA), Cíntia Pantoja; pelo Instituto Roda Viva, a médica Paola Torres; o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – AP, Marcelo Moura; pela ABRALE, a médica Catherine Moura e o senador Lucas Barreto.

Agenilson da Silva iniciou explicando sobre o planejamento para a realização do Fórum, que começou no ano de 2019. Já a médica sanitarista, Catherine, disse este encontro oportunizava a discutição sobre atendimento oncológico, os problemas e gargalos relacionados, e, sobretudo políticas públicas inclusivas e afirmativas. Ela apresentou dados do Observatório de Oncologia relacionados as duas regiões, fazendo um paralelo entre elas e as demais regiões brasileiras. “Vamos debater o panorama da oncologia nas regiões Norte e Nordeste, como garantir acesso ao diagnóstico precoce, a situação da infraestrutura de unidades oncológicas, custos, direitos, a lei dos 30 dias, entre outros temas”.

Cíntia Pantoja falou sobre os avanços e desafios da oncologia no Amapá a partir da realidade e atuação do Governo do Estado (GEA), assumindo que existem fragilidades como a falta de radioterapia. Apresentou, ainda, dados da atuação da SESA e fez um relato das medidas em andamento. O médico Dráuzio Varella elencou problemas identificados no Amapá, como a distância de grandes centros médicos e também políticos. “O Amapá é um Estado especial, o paciente paga imposto, e quando precisa de tratamento tem que ir para outros estados. Temos que mudar essa realidade”.

O promotor de Justiça, Wueber Penafort enfatizou que “O MP-AP representa a sociedade, ele é o canalizador dos pacientes que não encontram respostas no serviço público. Nosso papel enquanto moderador é ouvir e buscar soluções, porém nem tudo depende de nossa instituição, e quando é necessário a intervenção judicial, a decisão é de acordo com a regra, porém doença não tem padrão legal e não espera por decisão, é nessas horas que a intervenção ministerial e de todos se torna imprescindível para salvar vidas. O nosso desafio é instigar as pessoas a se prevenirem e fazer com que o diagnóstico chegue em tempo hábil”.

O Fórum continua na sexta-feira (28), e o promotor Wueber Penafort participará do painel sobre a contribuição do legislativo e sistema de justiça para a melhoria da atenção oncológica nas regiões Norte e Nordeste.

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